top of page
Copy of DE 27SET a 01OUT (6).png

MOSTRA DA PÓS

A Mostra da Pós ocorrerá no dia 27/09, entre 16h30min e 17h45min, e no dia 28/09 entre 14h45min e 17h45min.

Abaixo mais informações sobre os trabalhos que serão apresentados

Observáveis de Holonomia no Modelo de Turaev–Viro

Vinicius Medeiros Gomes da Silveira, Dimiter Hadjimichef

O modelo de Turaev–Viro é uma quantização da relatividade geral com constante cosmológica. Este trabalho investiga a possibilidade de expressar grandezas físicas, nesse modelo, em termos de variáveis que sofrem modificações com a introdução da constante cosmológica na teoria. Deste esforço surgem questões interessantes sobre as simetrias fundamentais da interação gravidade.

Modelo de Ising cinético sobre grafos aleatórios

Leonardo Ferreira, Fernando Metz

Estudos em diversas áreas do conhecimento demonstram que a estrutura da rede complexa afeta o comportamento do sistema definido sobre ela. Neste trabalho, buscamos entender este efeito na dinâmica do modelo de Ising cinético.

Emaranhamento sem usar quântica: a não-separabilidade clássica

Érico Motter Braun, Ricardo Rego Bordalo Correia

Desde a sua concepção, a mecânica quântica intriga os físicos com seus fenômenos aparentemente sem correspondentes no mundo clássico que vivenciamos no dia-a-dia. Dentre esses fenômenos, podemos citar o emaranhamento quântico, que é uma condição em que partes de um sistema quântico demonstram uma correlação entre si quando cada parte é medida separadamente. Por muito tempo se foi pensado que somente sistemas puramente quânticos poderiam exibir emaranhamento - porém, através de várias pesquisas em anos recentes, foi-se descoberto que várias correlações associadas ao emaranhamento quântico (como por ex., teleportação de estados e violações de desigualdades de Bell) podem ser reproduzidas com óptica clássica de feixes coerentes (feixes de fontes laser). Neste contexto, o termo “não-separabilidade clássica” é preferido ao de “emaranhamento”, pois feixes clássicos não podem reproduzir os efeitos não-locais (i.e., efeitos de longa distância) do emaranhamento quântico. Estes efeitos tem origem na própria teoria da medida de mecânica quântica e sua interpretação probabilística.

Galáxias starburst compactas e luminosas em grupos de galáxias anãs

Vitor Bootz, Marina Trevisan, Rodrigo Freitas, Maitê Mückler, Allan Müller, Rogério Riffel

Pouco se sabe acerca dos processos responsáveis pelas propriedades peculiares das Galáxias Compactas Luminosas (LCGs), caracterizadas principalmente pelas suas elevadas taxas de formação estelar. Em um estudo sobre o ambiente onde se encontram estes objetos, foram identificados casos de LCGs inseridas em grupos de galáxias anãs azuis, as quais representam uma oportunidade única para a compreensão do papel das interações e fusões entre sistemas de baixa massa no contexto da evolução hierárquica das galáxias. Buscando investigar a influência destas interações nas propriedades das LCGs, foram selecionados do Sloan Digital Sky Survey 24 candidatos a grupos compactos de galáxias, os quais contêm uma LCG espectroscopicamente confirmada e pelo menos outras duas galáxias anãs azuis. Destes candidatos, 8 possuem espectros disponíveis para todas as galáxias membro, os quais correspondem aos objetos estudados neste trabalho. Verificamos que os surtos de formação estelar destas LCGs interagentes são, em geral, menos intensos que os surtos de LCGs completamente isoladas. Juntamente com diferenças nas distribuições de massa estelar e do potencial de ionização entre as duas amostras, concluímos que as interações podem estar removendo uma fração do gás neutro do meio interestelar das LCGs, tornando-as menos extremas que suas análogas isoladas.

Interações de galáxias no Universo Local: natureza e propriedades de grupos compactos de galáxias anãs azuis em simulações cosmológicas

Rodrigo Flores-Freitas, Marina Trevisan, Vitor Bootz

É um fato conhecido que interações e fusões entre galáxias são importantes para explicar a formação dos objetos mais massivos desta classe (M* > 10^10 M☉). No entanto, pouco se sabe sobre os efeitos de interações estritamente entre galáxias anãs (M* < 10^9 M☉). Grupos compactos de galáxias anãs azuis (Blue Dwarf Galaxies - BDGs, em inglês) no Universo Local são laboratórios ideais para estudar como tais interações podem afetar a formação e evolução de galáxias de baixa massa.
Neste trabalho buscamos por sistemas análogos a grupos compactos de BDGs em simulações cosmológicas hidrodinâmicas, as simulações IllustrisTNG. Primeiramente verificamos se os sistemas análogos encontrados reproduziam propriedades básicas de grupos de BDGs encontrados no Universo Local, posteriormente, estudamos como tais sistemas se formaram e qual foi o efeito do ambiente de grupo compacto sobre as galáxias anãs constituintes.
Contrariamente ao que foi previsto em trabalhos anteriores, encontramos que o tempo de coalescência dos grupos na simulação é maior do que 1 Gyr, indicando que as BDGs podem habitar por um longo período (> 3 Gyr) o ambiente de grupo compacto. Paralelamente, verificamos que não existe uma correlação entre forças de maré que agem sobre as galáxias e suas respectivas taxas de formação estelar.
Podemos construir um cenário em que o ambiente de grupo ajuda a atrasar o consumo de gás pelas galáxias anãs que o habitam, devido ao espalhamento do gás causado pelo movimento das próprias galáxias em um halo de potencial gravitacional relativamente raso.

 

Educação ambiental crítica na formação de professores de Física

Desirée Dornelles, Fernanda Ostermann (orientadora), Flávia Rezende (coorientadora)

A pesquisa está fundamentada na Educação Ambiental numa perspectiva crítica que assume a abordagem da ecologia marxista. De acordo com essa perspectiva, é necessária uma ruptura com o paradigma tecnológico da indústria moderna, a fim de que a sociedade reoriente-se para uma integração com a natureza, pois os limites ecológicos não suportarão o crescimento econômico buscado pela ganância das nações industrializadas. Reflexões e propostas para pensar um outro mundo não devem se restringir apenas aos campos da economia e da política. As estruturas das injustiças e desigualdades causadas pelo capitalismo devem ser temas que também integrem os currículos da área da Ciências da Natureza. A pesquisa se propõe a realizar um estudo na formação de professores da licenciatura em física da UFRGS, tendo como contexto de investigação uma de suas disciplinas do currículo centrado no movimento Ciência, Tecnologia e Sociedade o que possibilita o desenvolvimento de aspectos relacionados ao debate. Numa perspectiva de transformação dos sujeitos sociais, a ideia é formar licenciandos em física engajados na construção coletiva de um mundo que rompa com o paradigma capitalista do desenvolvimento e que passe a se orientar pela Educação Ambiental Crítica.

A que custo ocorrem as mudanças climáticas

Davi Lazzari, Gianluca Pozzi, Nicole Magalhães e Carolina Brito

Neste trabalho usamos duas bases de dados (INMET e S2ID-IBGE) para caracterizar as mudanças climáticas no Brasil. Coms os dados diários do INMET conseguimos caracterizar os eventos extremos de temperatura, precipitação e seca pras diferentes regiões do Brasil e como eles vem se modificando ao longo dos anos. A partir de uma segunda base de dados, referente aos gastos públicos com eventos extremos climáticos, conseguimos mapear os custos humanos e financeiros da nossa ação sobre o clima do planeta.

Síntese de populações estelares em galáxias jellyfish

Gabriel Maciel Azevedo, Ana Chies

Galáxias jellyfish são casos extremos de galáxias sofrendo "ram pressure stripping", um fenômeno em que o gás da galáxia é arrancado pela friccção com o gás do ambiente em que ela está inserida, como aglomerados e grupos de galáxias. Esse "stripping" forma estruturas de gás que lembram tentáculos (por isso o nome jellyfish, que significa água-viva em inglês), onde ocorre formação de novas estrelas. Esse fenômeno é um dos principais processos responsáveis por mudar a morfologia e a população estelar de galáxias em ambientes densos, e portanto fundamental para um completo entendimento da teoria de evolução de galáxias. Em nosso trabalho, realizamos síntese de populações estelares em 19 galáxias jellyfish observadas com o spectrógrafo MUSE, um método que consiste em calcular propriedades (idade, metalicidade, brilho, massa, etc) das diferentes populações estelares presentes nas galáxias através de seus espectros (distribuição de energia emitida em diferentes comprimentos de onda).

Feiras de Ciências como caminho para a formação em Ciências: desafios e potencialidades

Camila Brito Collares da Silva; Neusa Teresinha Massoni.

No Brasil as Feiras de Ciências ocorrem há décadas, e são eventos criados para incentivar a educação e a produção científica nas escolas e a divulgação da ciência para além dos muros das escolas. Buscam engajar jovens na autoria de trabalhos, exercitando o explicar científico e promovendo o gosto pela carreira científica. Apesar das potencialidades das Feiras de Ciências, não há muitos trabalhos acadêmicos sobre essa temática. Nossa revisão de literatura indica uma tendência de se pesquisar sobre o(s) dia(s) da Feira; as temáticas mais usuais; e o envolvimento e expectativas dos jovens para apresentar à comunidade, mas pouco esforço de pesquisa é dedicado ao processo de desenvolvimento dos projetos e sobre as visões de ciência que são construídas e passadas por estudantes e professores da Educação Básica. Assumimos nesta investigação que o processo de construção de Feiras de Ciências, que envolve diferentes etapas, como a organização por parte da escola; orientação e desenvolvimento dos projetos, preparação para a comunicação à comunidade; tudo isso torna esses eventos espaços de construção e autoria de conhecimentos e de formação de concepções sobre a natureza da ciência. Contudo, nossa revisão de literatura mostra uma lacuna, uma quase ausência de preocupação com a construção de visões alinhadas às epistemologias contemporâneas, dando espaço para o enraizamento de visões inadequadas tanto de estudantes como de professores da Educação Básica. Com isso, buscamos contribuir, através de um estudo propositivo, com a melhoria da formação e divulgação do pensamento científico e da natureza da ciência com base na epistemologia de Humberto Maturana.

Ensino de um Tópico de Física Moderna (FM) Articulado à História e Filosofia da Ciência: A construção de Diálogo entre Universidade, Escola Básica, Aluno e Professor Atuante
 

Maria Derlandia de Araújo Januário, Neusa Teresinha Massoni

Essa pesquisa assume uma perspectiva de colocar a universidade como protagonista no diálogo com a escola básica e seu contexto, com vista a uma educação científica e a formação cidadã. O Estudo I deste trabalho trata-se de uma revisão de literatura e produção acadêmica, é composto por 5 estudos: I.1) Web of Science; I.2) Anais de Eventos (Encontro de Pesquisa em Ensino de Física; Encontro Nacional de Pesquisa em Educação e Ciência e Simpósio Nacional de Ensino de Física); I.3) Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES; I.4) Banco de dissertações dos Mestrados Nacionais Profissionais em Ensino de Física e I.5) Google Acadêmico. Os achados do Estudo I.1 apontaram a Teoria da Relatividade (TR) como um dos assuntos da Física Moderna (FM) em potencial para ser explorado na Educação Básica. Apresentaremos aqui os achados do Estudo I.3) com o intuito de responder às seguintes questões de pesquisa: Como a TR vem sendo trabalhada nos diferentes níveis educacionais na pesquisa acadêmica? Quais são os tópicos da Relatividade mais trabalhados? Como se configura a articulação da TR com a História e Filosofia da Ciência (HFC)? Que abordagens metodológicas são sugeridas e com qual a profundidade matemática? Encontramos produções acadêmicas com estratégias e níveis de profundidade diversificados. Contudo, procuramos articular com a HFC para aplicar no Ensino de Física, já que nosso foco está em levar a FM aos alunos do Ensino Médio, que será objeto do Estudo II desta pesquisa.

Extinção da formação estelar em galáxias de grupos e aglomerados

M. Mückler, M. Trevisan, G. A. Mamon

É bem conhecido que propriedades das galáxias, como a taxa de formação estelar, dependem de seu ambiente, de forma que galáxias quiescentes residem preferencialmente em regiões de alta densidade. No entanto, os principais processos físicos responsáveis ​​por extinguir a formação de estrelas em galáxias de grupo/aglomerado estão longe de serem completamente compreendidos. Além disso, não está claro a que distância do centro do aglomerado ainda vemos a extinção e qual é o papel do pré-processamento em pequenos grupos ao longo dos filamentos. Para esclarecer essas questões, usamos uma amostra completa de galáxias dentro e ao redor de grupos e aglomerados do Data Release 7 da Sloan Digital Sky Survey para investigar como a fração de galáxias formadoras de estrelas varia em função da distância ao centro do grupo/aglomerado.

bottom of page